Na estação

Caros leitores,
Trago mais uma veia literária
Para completar o fim de noite...
Deixo a todos com o texto da estudante de jornalismo
Priscila Feitosa.
Até breve!


Na Estação

Sento-me no mesmo banco, na mesma estação, com o mesmo bilhete em mãos e espero, espero pelo apito do trem.

Em meu bilhete não tem o nome, nem o número de qual trem terei que ir a bordo, apenas me informa os caminhos que preciso percorrer. Por isso é difícil e me perdi tantas vezes. Em algumas dessas viagens, curtas ou longas, acabo aprendendo coisas novas.

Viajar e sentir os diferentes trilhos, admirar a beleza das paisagens, as pessoas que conhecemos, o conforto e os prazeres de estar a bordo e as mais variadas situações e sensações.

Às vezes perdida em alguma estação, senti-me triste, furiosa e solitária, porque é frustrante perceber-se assim, perdida, achando que a viagem foi em vão. Há trens assim, com algumas paradas iguais ao do meu bilhete, mas eles só me levam a um determinado ponto.

O caminho de volta, familiar, sempre me pareceu consolador. Essas viagens em certos momentos são importantes, mesmo que equivocadas, me ensinaram o que é vivenciar ali, a bordo. E o que me pareceu em vão, não foi.

É como dizem, o que realmente importa não é chegar, mas o caminho que se percorre. Por isso eu volto para a estação, sento-me no mesmo banco, com o mesmo bilhete em mãos e espero pelo apito do trem.


Priscila Feitosad’Paula

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